meuimaginal

Livro de Edmar Camara. Milhões de indivíduos, homens, mulheres e crianças africanos viram-se deportados para as Américas. Geralmente dentre os trezentos escravos acorrentados e transportados por uma embarcação normal, mais de um terço perecia no decorrer dos dois meses que levava a travessia da África até o Brasil. Dos restantes, cerca de um quarto nem tinham forças para desembarcar, morrendo na praia e enterrados ali mesmo. Para os que chegavam a alcançar os depósitos do porto e o mercado local, a média de sobrevivência até o século XVIII era apenas de sete anos. Muitos africanos procuravam escapar à situação praticando o suicídio por ingestão de grandes quantidades de terra, prática conhecida como geofagia. Seus "senhores" combatiam esta prática obrigando os negros a usarem uma máscara de ferro durante os trabalhos. A máscara metálica que cobria toda a cabeça só comportava cinco orifícios: para os olhos, orelhas e o nariz. Apesar de destruídas as linhagens e massacrados os clãs, e contrariando o distanciamento geográfico, a dispersão das famílias e a redução da pessoa negra à condição de objeto manejável, o negro sobreviveu. E em plena terra de exílio criou uma das mais maravilhosas culturas do mundo. A ausência da História Africana é uma das lacunas de grande importância que remete a consequências sobre a população Brasileira. Tomando o ambiente como de inferioridade dos afrodescendentes, que retira a oportunidade de construírem uma identidade positiva sobre as origens. Esta ausência abre espaço para hipóteses preconceituosas, desinformadas ou racistas criando um terreno fértil para produção e difusão de idéias erradas da população negra. A ausência de uma memória induz a idéia de que ela não existe. Que não faz parte do conhecimento a ser transmitido. A História do Brasil reúne tecnologias, costumes, culturas e propostas políticas trazidas pelos Africanos difíceis de serem reconhecidas e integradas devidamente na história nacional pelo desconhecimento da base Africana. Muitas das realizações do povo africano no Brasil ficam subdimensionadas ou não reconhecidas, dado o tamanho da ignorância reinante no país sobre as origens.

aVagarCidadelaDosMortos

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Livro de Edmar Camara; a crueldade não se guarda no carrasco que se faz revelar no suplicante. Um laço invisível lastra a forma que corajosamente suporta o desafio como quem vaga como testemunha o incomparável oferecer da vida que o deixa num fosso inchado pela maldade. Neste mundo profano, crimes aterrorizantes ocorrem. Nestes, a vítima é cruelmente mastigada pelo seu assassino; ainda neste “teatro” alucinante, outras coisas ao derredor acontecem, desafiando o leitor a encarar com coragem tudo o que se segue.

Para além de muitas variantes, o problema da vida e da morte é fundamental em função do que o homem pode conhecer como desespero ou esperança e encontrar sentido para a sua existência ou para o seu absurdo. O livro de E. Câmara trata de temas que nos visitam e nos questionam por todo o sempre. Não discute crença ou fideísmo, porque a palavra de Deus irá sempre escapar ao homem, mas apresenta o sagrado que permeia toda a estrutura narrativa desta obra. O leitor encontrará uma sorrateira reflexão teológica de razoável profundidade; embora não seja o autor um teólogo ou religioso dogmático.

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O perdão enganoso da alma a de desesperar

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O cristão e sua peregrinação pelo velho e novo Testamento, respectivamente uma viagem do coração só Egito e Israel caminhando com Moisés e o Filho Ungido

Nesta vida que a conhecemos, é somente o princípio de uma jornada que não termina; de acordo com o livro "a vagar"

Livro de Edmar Câmara que aponta a imortalidade do ser humano imaginal e potencial assédio de forças que o desejam nestes muitos mundos; a começar pelo soberano experimento que acena por um perdão enganoso à porta da cidadela das almas.

Acredito que este mundo conhecido não se esgotar nele mesmo. Há mundos que podemos criar imaginam entendi é serem reais criativos; não se limitando ao objeto ou ao sujeito observado.

Pensar em uma realidade criativa não ilusória que o movimente para um mundo real imaginam.

O dizer algo aos seres humanos em busca da experiencia do mistério pleno do que é sagrado

sublima a importância de recuperar o imaginativo, o simbólico do que é sagrado

a vitalidade celebrada do sagrado pela lente da estética

Dialogo entre a arte e os modos de “ler” o sagrado

é o instante de criação fértil simultãnea no tempo único de mundos criados por ti mesmo

é o instante dentro do sonho Dele em si mesmo

é o que olho, respiro, procuro em mim mesmo na luz da escuridão

o mundo criado por Deus em nós mesmo

a realidade percebida pela alma se dá no imaginal da arte literária

toda arte literária é imaginal, porque ela se apresenta como real

a presença se revela no não-existir; independe da forma visível ao outro.

discernir realidades únicas e distintas